Governo brasileiro abandona software livre
Saiu a notícia que o governo brasileiro abandona software livre e causa comoção entre os defensores e puristas, porém a situação é ainda mais complexa do que você imagina.
[ad#texto]
Em 2003 com o início da era PT no governo brasileiro iniciou uma iniciativa para a adoção de software livre em detrimento de software proprietário e com isso o objetivo era reduzir custos, porém em outubro saiu a notícia de que o governo brasileiro abandona software livre, e agora como fica?
A questão é que o governo já vinha abandonando o software livre faz tempo.
Como era de se esperar a sua adoção não foi simples e gerou vários traumas, principalmente nos órgãos que precisam lidar com troca de informações com empresas externas ou ainda com o próprio cidadão.
Governo brasileiro abandona software livre: a troca
O governo federal vinha investindo pesado no setor, inclusive patrocinando vários eventos.
O problema é que a redução de custo é muito difícil de ser ponderada e convertida em números.
Outro porém é que, principalmente quando falamos de pacote Office, não existem opções livres que realmente funcionem bem e substituam com o mínimo de competência a solução proprietária.
Esta é a realidade, gostem ou não.
Quando falamos de sistemas operacionais os problemas continuam, o Linux ainda é pouco intuitivo e produtivo se comparado ao rival Windows. Ter que recorrer ao Terminal para digitar comandos é algo que não devemos impor ao usuário.
Governo brasileiro abandona software livre: os números
Nos últimos anos o governo já vinha trocando software livre por proprietário, veja os números:
- Software de e-mail tinham 55% de uso;
- Pacote Office tinham 15% de uso;
- Sistema operacional tinha apenas 5% de uso.
Os números acima são de 2009 onde o incentivo estava no auge.
Governo brasileiro abandona software livre: Como fica?
No dia 11 de novembro todos os órgãos públicos vão encaminhar manifestação de interesse em adquirir soluções da Microsoft, o que significa na prática o fim do incentivo público para a adoção de software livre.
O grande problema foi o fato do governo se prender a conceitos abstratos demais, inerentes de comunidades seletivas que se formam em torno de alguns segmentos de software livre, notadamente sistemas operacionais e pacotes Office.
Assim perde-se muito de usabilidade e refinamento para o usuário.
E no final são tantos problemas que geram custos que nada compensa.
Fica mais barato comprar uma licença de software.
Talvez a iniciativa retorne em um futuro de outra forma, mas temos que esperar.