Adobe joga terra no filho pródigo
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Eu sou da época que o Flash ainda era da Macromedia e todo desenvolvedor Web que se considerasse bom de fato teria a obrigação de desenvolver em Flash, uma época que o Action Script ainda engatinhava e as logos animadas, pequenos softwares de interação (uma espécie de pré-jogos em Flash) e até mesmo sites inteiros desenvolvidos em Flash eram o auge da pipoca.
Mas a Macromedia foi comprada pela Adobe e deixou de existir, pelo menos como marca, mas o Flash passou a ter a relevância diminuída, afinal o filho pródigo da Adobe era e ainda é o Photoshop e não o Flash.
Com o passar do tempo o Flash foi acuado pelo Microsoft Silverlight, que muita gente (os fanboys) diria ser o Flash Killer, mas que de tão bom ficou mesmo devendo mostrar trabalho, afinal entrou em cena como estrela, mas foi decepcionando tanto durante seu período de existência que a própria Microsoft vai descontinua-lo.
Veio então o HTML5, a onda da mobilidade e pouco a pouco o nicho de atuação do Flash foi diminuindo cada vez mais, mas existe um segmento que além de render muito, mas muito dinheiro mesmo o Flash ainda é o rei absoluto, que é o filão de jogos casuais via Web, Zynga e Cia utilizam o Flash de modo extremo, inclusive implementando recursos avançados de aceleração 3D e via hardware, tudo muito lindo, afinal o Flash poderia terminar como um produto de nicho, mas a Adobe não pensa assim.
Agora a Adobe, além de vender (e cobrar bem caro) o software e servidor de aplicação para os desenvolvedores e empresas provedoras de jogos casuais, quer também cobrar um percentual que pode chegar até a 9% da receita do jogo caso o desenvolvedor utilize recursos avançados, como os citados acima.
Desse modo a única coisa que a Adobe vai conseguir para o Flash são mais dezenas de mãos para segurar a pá e jogar terra em cima.
Seria isso uma eutanásia?