A era da mobilidade
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O CEO da Nokia em uma entrevista, após o anúncio de um resultado pouco expressivo, disse uma frase que considero o puro conceito do mercado mobile atual:
“O jogo mudou de uma batalha de dispositivos para uma guerra de ecossistemas”.
Isso quer dizer que, com a entrada de outras empresas exclusivas de software, como o Google com seu Android, e da revolução da Apple ao lançar o iPhone que provou a todo mundo que a importância do software é superior a importância do hardware para o cliente final o embate entre dispositivos móveis que antes se concentrava basicamente em recursos de hardware, como por exemplo expansão para cartões de memória, conectores e até mesmo caixas de som externas terminou.
Agora a guerra irá se concentrar nos recursos de software e interface.
Um exemplo clássico é o do lançamento do iPhone, o hardware dele era muito mais limitado e inferior em termos de recursos que o hardware de um N95 da Nokia, apenas um gadget de exemplo, porém após o seu lançamento a Apple viu os louros da vitória, o iPhone era um sucesso absoluto no seu segmento. Tudo isso porque a atenção especial era no software, uma interface nova e bem desenhada, que privilegiava o caso de uso do usuário, mostra uma beleza em grafismo nunca antes vislumbrada em um gadget. O iPhone transformou-se em um ícone de referencia.
Foi aí que o Google entrou na jogada, afinal se o sucesso era o software, eles tinham potencial para desenvolver um software de qualidade igual ou superior ao da Apple com o diferencial de ser aberto ao uso comum, pois o iOS era de uso fechado, exclusivo da Apple.
Assim nascia o Android, um sistema para dispositivos móveis baseados em Linux. Várias empresas fabricantes de celulares e smartphones imediatamente projetaram gadget utilizando o Android, um exemplo disso foi a linha Xperia da Sony.
Começava assim a batalha pelo ecossistema mobile.
Atualizações no iOS, atualizações do Android e ainda customizações do Android por fabricantes deram uma nova dinâmica no mercado.
A Nokia e seu Symbiam, velho de guerra, funcionam, mas muito feio para o usuário, viam seu posto de líderes no segmento ameaçado.
Hoje a Nokia desenvolve gadgets com o Symbiam e com o MeeGo, um sistema híbrido de esforços da própria Nokia e da Intel, baseado em Linux que tem a finalidade de trazer relevância novamente. Pois hoje os descolados preferem e usam o iPhone e os mais Geeks correm atrás do Android, sua abertura e sua capacidade de atualização constante.
A crer pela deterioração dos bons resultados que a Nokia vinha apresentando e por diversos sinais de que a Nokia vai perder a guerra das plataformas e que já indicaria um prenuncio de mudança, a adoção do Android em vez do MeeGo talvez, indica que tempos nebulosos e de muitas mudanças virão para a Nokia, se ela vai resistir ou não só o tempo dirá, mas agora tudo depende da sua capacidade criativa, afinal potencial para desenvolver um novo conceito em software para gadgets eles possuem.