A convergência das teles
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Existe uma constante entre todos os clientes de empresas de telefonia, TV por assinatura e banda de Internet: todas mentem e lezam descaradamente o consumidor, seu cliente.
No caso de empresas de telefonia, é o caos de sempre, cobranças indevidas, problemas para cancelar a conta (a ligação misteriosamente cai quando tentamos cancelar nossa conta) e sem falar na demora eterna quando tentamos reclamar de alguma coisa, pois se for para solicitar novos serviços é uma facilidade absurda, aliás, tanta facilidade que várias vezes nem solicitamos nada e a empresa por convicção que será melhor para todos passa a tarifar você por um serviço que provavelmente nunca utilizará.
No caso de empresas que prestam acesso a Internet, a famosa banda larga (que no Brasil é bem estreita) são problemas semelhantes, mas um deles chama a atenção, quando vamos comprar um plano de ADSL e perguntamos se tem limite para tráfego ouvimos um grande não, ou seja, os vendedores alegam que o tráfego é ilimitado, porém nas letras miúdas do contrato existe sim uma franquia e após esse limite a sua velocidade cai assustadoramente.
No caso de TV por assinatura o que mais me chama a atenção é que ao contratar um plano recebemos por meio de comodato um decodificador para recepção do sinal, até aí tranquilo, obviamente quando cancelamos o plano devolvemos o aparelho, só que se o cancelamento for antes de 12 meses eles cobram o valor do decodificador a título de multa, mas se devolvemos o aparelho porque ele é cobrado?
São coisas assim que somados ao péssimo atendimento deveriam ser resolvidos pela Anatel e demais órgão competentes ao invés de ficar aprovando convergência entre os serviços.
Hoje temos uma empresa originalmente destinada à telefonia vendendo acesso a Internet e TV a cabo e vice-versa, mas os problemas não são resolvidos e só o que ocorre são mais reclamações e uma total ingerência da Anatel.
Antes de uma convergência como esta ser aprovada é preciso que a empresa seja livre de reclamações ou pelo menos não seja reincidente nem tenha pendências de longa data em aberto, senão fica fácil somar serviços a um atendimento já precário, afinal, depois de contratar caso queira cancelar o prejuízo é todo do cliente.
Veja alguns casos de sacanagem:
- Tentei contratar um combo da Net (Internet + telefonia + TV) que estava em promoção, estou a mais de 20 dias tentando entender porque ninguém me deu retorno e no único email que o SAC deles respondeu pediu para ligar para um 0800 que só fica tocando música, talvez eles queiram atestar que não sou surdo antes de instalar o telefone, só pode ser isso;
- Tentei contratar um plano de Internet ADSL da Oi, além da atendente ser completamente ignorante quanto ao serviço que estava vendendo (confundiu ADSL com linha telefônica) fui informado pela gerente de plantão que o plano era para tráfego ilimitado e ao ouvir isso um cliente dentro da loja gritou que tinha limite de 80 Gb;
- Nem vou comentar a brilhante TIM, que queria me obrigar a ficar 30 dias pagando a conta de uma linha TIM Fixo antes de efetuar a transferência, com a desculpa que eram normas internas e depois na hora de cancelar a linha foi o dilema da ligação sempre cair;
- Do brilhante Speedy da Telefônica que já me deixou diversas vezes na mão nem vou falar mais nada.
Sinceramente, o Brasil não pode ficar refém dessas empresas, hoje comunicação (telefone ou dados) pode ser considerada bem de utilidade pública, alguém com poder para isso precisam avaliar a situação e tomar as medidas cabíveis para que este mercado não seja essa prostituição que está hoje.