Sistema de Copyright entra no ar
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Esta semana vai entrar no ar uma união de diversas empresas que ficou conhecida como o Sistema de Copyright.
Como o nome sugere, é uma união das cinco maiores provedoras de acesso dos EUA (AT&T, Cablevision, Verizon, Concast e Time Warner), mais algumas empresas simpatizantes das gravadoras e as próprias gravadoras, neste Sistema de Copyright os usuários serão monitorados e caso seja detectado download ou acesso a músicas, filmes e quais outros conteúdos protegidos por copyright via pirataria o usuário será notificado, onde serão explicados os diretos de quem detém o copyright do conteúdo fruto da pirataria.
Segundo a iniciativa o objetivo destas notificações é informar ao usuário sobre os diretos de quem possuiu o copyright do conteúdo e informar também sobre formas de adquirir o conteúdo de forma legal, ou seja, querem é abrir mais um canal de vendas, só que desta vez de forma forçada.
Caso o usuário seja reincidente, na sexta detecção de pirataria o mesmo poderá ser punido ficando sem acesso a internet e para retornar a ter este acesso existirá uma espécie de curso de reciclagem na vida digital, com adivinhem o que? Sim, mais informações de como obter o conteúdo de forma legal (vendas, vendas, vendas).
Caso o usuário se sinta insatisfeito com a detecção e queira reportar uma acusação falsa (no caso de considerar que não praticou pirataria) existe uma equipe de auditores privados para dar andamento na investigação desta reclamação (o pessoal anda dizendo que são auditores independentes, porém quem paga por eles é a própria iniciativa, sacaram?).
Uma coisa que fiquei em dúvida e não vi nada falando a respeito, quando o usuário for bloqueado por possível pirataria, ele vai continuar pagando a mensalidade pelo acesso a internet mesmo tendo sido bloqueado contra a própria vontade?
Outro detalhe, pensando em termos de Brasil, uma associação assim seria válida? Pois pelo que sei, quem deve impor sanções (até mesmo decretar prisão) por delitos (pirataria é crime) é o poder judiciário público e não uma instituição privada, para evitar que interesses de poucos prevaleçam sobre os direitos de muitos.
Para o caso das provedoras de acesso o negócio seria pitoresco, elas lutam e gastam horrores em marketing para conquistar novos clientes e a partir de agora vão sumariamente bloquear usuários, que provavelmente deixarão de ser clientes e irão procurar por outras formas de acesso a internet.
Acredito que isso ainda dará muito discussão sobre direitos e deveres de ambos os lados.