PRISM, o Brasil também está envolvido
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Ontem veio à tona mais um capítulo sobre o PRISM e o gigantesco esquema de espionagem que os EUA montaram para conseguir interceptar informações sobre praticamente qualquer cidadão de qualquer país, a novidade é que o Brasil era um dos alvos prioritários de espionagem.
Vários veículos estão divulgando os casos da base secreta em Brasília que abrigava espiões tanto da CIA como da NSA e que provavelmente interceptava comunicações via satélite e através de uma parceria com uma empresa de telefonia dos EUA (que não teve o nome revelado) também interceptava ligações, fora o susto que muitos tomaram ao descobrir que o Brasil era um alvo prioritário (no mesmo nível de Irã e Rússia) podemos pensar que a estratégia dos EUA tem lógica, afinal o Brasil realmente é peça chave em todo este esquema.
Primeiro ponto é que desde que o PT vem se perpetuando no poder através de seus candidatos os EUA tem olhado com muita atenção, afinal se já é complicado lidar com uma Cuba no quintal de casa imagina um país despontando com simpatia ao socialismo do tamanho do Brasil (para quem não se deu conta exportamos diversos itens primários para os EUA e o Brasil por ser a liderança na América do Sul provavelmente levaria consigo mais países a adotar a troca de sistema sócio-político-econômico).
Outro detalhe é que o Brasil adota uma postura de conciliação sob qualquer problema ou ameaça e com isso sempre teve boa relação, mesmo com os países ditos inimigos pelos EUA, daí utilizar o Brasil que possui bom aparato tecnológico como ponto para interceptar conversas telefônicas e acessos à internet destes países se torna muito conveniente.
O Brasil notificou via caminhos diplomáticos os EUA e exigiu uma resposta pela invasão de privacidade que é crime no país e em praticamente todos os outros países, os EUA por sua vez informou que irá apenas responder diretamente ao governo e não em público (por que será?), fora este pedido de explicações o Brasil também irá levar até as Nações Unidas esta questão de privacidade e relações multilaterais entre os países e devido ao fato de que recentemente também veio à tona que a União Europeia também era alvo de espionagem é possível que vários outros países tomem a mesma direção e esta questão seja debatida e os EUA pressionados sobre este caso.
Mas ao que tudo indica esta ainda é a ponta do iceberg, já que o caso do PRISM parece longe de terminar e as informações secretas longe de acabaram.
