Os grupos de compra coletiva
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Virou febre na Internet os grupos de compra coletiva, um dos exemplos mais famosos é o Grupon, onde o site negocia com diversas empresas e consegue descontos mediante o grupo de pessoas (volume de consumo). Em diversos casos os descontos são bem interessantes.
Arrisco dizer que após o advento do comércio on-line os grupos de compra coletiva são os próximos a alterar significativamente o modo com os negócios são realizados no mundo real.
Como assim?
Há cerca de cinco anos atrás os sites de venda varejo on-line estavam no começo de sua jornada, e como o crescimento foi rápido e a margem de lucro para esse tipo de empresa é alto, consequentemente os preços dos itens comercializados caiu e o comércio no mundo real teve que correr atrás de prejuízo de duas formas: abaixar seus próprios preços e mudar as políticas de prazo e criar suas próprias estratégias de venda virtual. A segunda alternativa mostrou-se boa para os consumidores, mas sepultou ainda mais o modelo tradicional de comércio.
Os empresários ao criarem versões de suas lojas reais na Internet deram mais combustível, como se precisasse, para a venda on-line, dificultando ainda mais a venda off-line. É claro que muitos consumidores ainda preferem a experiência de compra tradicional, mas a julgar a velocidade que o mundo está se informatizando e a taxa de crescimento do comércio on-line ser muito superior à do comércio tradicional é provável que ainda nesta década a situação se inverta e o mercado off-line caia em desuso.
Para o consumidor isso foi bom, pois:
- Dinamizou o processo de compra/venda, reduzindo os custos e por inércia reduzindo os preços;
- Trouxe uma comodidade nunca antes vista no processo de compra;
- Trouxe para a realidade parcelamento estendido sem taxa de juros, algo irreal a cerca de 10 anos atrás no comércio real.
Mas onde tudo isso converge para os grupos de compra on-line?
Ora, estamos passando por este processo de transição novamente, hoje, não é a forma como compramos que muda, é a forma como negociamos.
Quando tentamos negociar o preço no processo convencional de compra temos pouco poder de barganha, pois compramos no varejo (poucas unidades, geralmente apenas uma), mas no processo de grupo o site negocia em nome de centenas de consumidores e ganha com isso poder de barganha.
Assim é possível conseguir um bom abatimento no preço e também um prazo de pagamento ainda mais estendido.
Assim o comerciante precisa entender que o poder passa do vendedor (modelo tradicional) para o consumidor (modelo on-line), quer sentir isso na prática? Converse com seus avós como eram as compras de antigamente? Se o cliente era paparicado como é hoje? Se existia o CDC? Devoluções por falta de qualidade, onde?
E essa briga tem a acirrar-se, pois após a tentativa frustrada da compra do Grupon, o Google lança seu próprio portal de grupo de compras e promete revolucionar o segmento.