Design de interfaces: a simplicidade
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O design de intefaces em sistemas operacionais é realmente algo interessante, pois é a partir do sistema operacional que a interface é propagada a diversos outros software aplicativos, há cerca de 5 anos atrás o auge do momento era incrementar o sistema operacional como um todo com muita transparência, efeitos de transição, sombras e modelagem 3D.
Todo esse apetrecho gráfico tinha um custo e muitas vezes o custo era alto, já que naquela época o desempenho das placas de vídeo on-board e até mesmo das placas mais básicas off-board eram fracos demais para tanta exigência, pois apesar de suprir a demanda de processamento gráfico do sistema operacional era preciso suprir os demais elementos executados no sistema, como software aplicativos e jogos.
A solução era comprar cada vez mais hardware gráfico de ponta e o custo para isso era alto, foi neste ambiente que surgiu o Windows Vista e a interface Aero da Microsoft, aliás, este Windows é considerado o pior Windows da história e boa parte desta culpa é devido a alta demanda de hardware, principalmente hardware gráfico para suprir as exigências do Aero que por estar vinculado ao DirectX era um verdadeiro glutão de recursos, tudo por uma interface da área de trabalho.
Neste quesito o Linux sempre teve larga vantagem sobre o Windows, devido ao seu caráter open-source ele implementa OpenGL e está livre do DirectX, o projeto Compiz surgiu e provou que com menos hardware era possível implementar muito mais no Linux e o sistema operacional no final ainda ficava muito mais fluído e responsivo do que o Windows Vista.
Como a exigência de placas gráficas cada vez mais potentes para a execução de softwares além de jogos a indústria de deste segmento de hardware sorria sozinha, notadamente a nVidia e a ATI (hoje AMD), afinal a demanda por seus produtos cresceu consideravelmente.
Mas sinceramente, uma interface rebuscada de tantos artefatos visuais era bonita e só, era boa para impressionar colegas e amigos, mas no trabalho diário, além de consumir recursos de hardware toda aquela profusão visual era cansativa, estressante e enjoava.
Com a chegada do Windows 7, embora ainda utilizar a interface Aero, a Microsoft dava sinais de uma mudança, assim como outros grandes players, toda esta lógica ilógica visual parecia deixar de fazer sentido, e quando éramos brindados com hardware gráfico cada vez mais potentes e a excelente novidade de placas gráficas on-board com excelente desempenho a exemplo do vídeo on-board fornecido pela ATI-AMD.
Então projetos da Apple em seu iOS, Google com o Android e Chrome OS (sim, ele existe) e a Microsoft com o seu novíssimo Windows 8 trouxeram ao grande público sistemas minimalistas, sem artefatos visuais, planos, cores sólidas e linhas retas, estava lançado um design de interface, enfim, um design limpo, direto e extremamente objetivo que auxilia muito na produtividade e usabilidade do sistema como um todo e que em tempos de boom mobile é uma interface muito bem trabalhada para para smartphones e tablets.
Para quem notou a ironia fica por conta de que quanto mais recursos de hardware nós temos menos iremos exigir, caso esta escola de design decole e se perpetue por mais alguns anos.