A comunidade se torna o câncer do Ubuntu
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É realmente uma pena, o Ubuntu já tinha complicado a vida de diversos usuários ao simplesmente liberar a versão 11.04 com o seu valioso Unity, porém com sérios problemas para a utilização de redes wireless para chipsets da Realtek, afinal como pode um sistema operacional “livre” te obrigar a comprar determinado hardware?
Existe sim um driver alternativo, mas ele também ocasiona bugs constantes e a comunidade e fóruns sobre Ubuntu existe uma linha de pensamento que prega: “ou você compra chipset wireless da Atheros ou você não é nada”. Um absurdo, afinal nas versões anteriores do Ubuntu tudo funcionava bem, no Windows funciona bem, porque nesta versão tinha que ser diferente?
Mas muita calma que ainda vai piorar bastante.
Recentemente recomeçou uma discussão ferrenha, um time de dinossauros, desculpe o termo, mas é o que mais se aplica a pessoas retrógradas que pensam que o mundo tem que parar de evoluir pois eles se recusam a evoluir junto com o mundo.
O que ocorre é que a Canonical fez um ótimo trabalho evolutivo na questão de interface ao adotar o Unity, afinal ela trabalhou o Calcanhar de Aquiles de toda distribuição Linux: a interface gráfica. Afinal isso é notório, as interfaces tidas como “feias” do Linux limavam qualquer perspectiva de alcançar novos usuários dentre o mercado doméstico. O Unity veio para provar que Windows e OSx poderiam ficar para trás, pois o Linux tinha potencial para modernizar e passar a ditar padrões de semântica de uso do desktop.
Os dinossauros do Linux que pararam na década de 90, que acham lindo digitar linhas e mais linhas de código no terminal para resolver coisas que poderiam resolver em poucos cliques tremeram, até afirmaram que eram sim dispostos a mudar e inovar, pois estavam migrando do Ubuntu para outras versões mais tradicionais, na verdade essa migração apenas reforça o quanto engessados esses usuários são, afinal mudavam de distribuição Linux apenas para manter velhos e arcanos hábitos.
Resumo da ópera ocorre um racha, a Canonical e parte da comunidade vai tocando na base da bordoada o Unity para frente, enquanto uma ala conservadora se digladia para que o Ubuntu fique amarrado à velha e horrível interface marrom de sempre.
A velha comunidade que sempre alçou o Linux a grandes voos agora serve de ancora e está prestes a incitar uma guerra civil por detenção de poder, afinal a Canonical é o “governo” do Ubuntu e a comunidade tem o poder de criar um fork, se dividir e se acabarem em uma batalha onde não haverá ganhadores, somente perdedores.
Eu sou um ex-usuário do Ubuntu e vou permanecer assim até que a Canonical e a própria comunidade pare com a presunção de que eu tenho que comprar hardware específico para executar devidamente o Ubuntu, afinal essa época de amarrar o software ao hardware acabou, aliás, foi vencida com a ajuda do próprio Linux.